Buracos negros à vista
Por Kate Holton
LONDRES (Reuters) - Os buracos negros, as temidas armadilhas galácticas das quais nem mesmo a luz consegue escapar, podem não ser tão destruidores quanto se pensava, afirmou o cientista Stephen Hawking.
O autor do livro "Uma Breve História do Tempo" agora acredita que algumas "informações" sugadas pelos buracos negros escapam depois de algum tempo. A teoria contradiz um de seus trabalhos mais famosos sobre o tema.
Hawking apresentará suas descobertas mais recentes em uma conferência científica a se realizar na Irlanda, na próxima semana, disse a revista New Scientist.
Os buracos negros se formam quando grandes estrelas sofrem um colapso gravitacional do qual nada consegue escapar.
A idéia fascina os astrônomos desde o final do século 18, sugerindo imagens de grandes redemoinhos extremamente fortes sugando matéria espacial.
Nos anos 70, Hawking disse que, uma vez formado, um buraco negro perdia matéria irradiando energia, conhecida como "radiação Hawking", mas que essa energia não continha informações sobre a matéria interna do buraco negro. Uma vez evaporado o buraco, todas as informações se perdiam, dizia o cientista.
Isso, porém, criou um paradoxo, já que as leis da física quântica prevêem que tal informação não poderia nunca ser apagada.
Agora, Hawking irá argumentar que os buracos negros nunca somem completamente e, ao emitir mais calor, eles acabam se abrindo e fornecendo informações.
A possível solução do paradoxo criou agitação na comunidade científica.
"Ele nos enviou uma nota, dizendo: 'Resolvi o paradoxo da informação dos buracos negros e quero falar sobre isso"', afirmou o físico Curt Cutler, da New Scientist.
"Não vi um esboço (do trabalho dele). Para ser sincero, estou confiando na reputação de Hawking
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